quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

. Tudo Igual ou Maybe Not .

Mais um pseudo relacionamento que vai pro saco!
Dessa vez, 3 anos e 5 meses se foram.
Se foram não, eu dei pra você. Assim, de "grátis". Sou boazinha.
Eu penso que deve existir algum universo paralelo do que deveria ter sido. Explico: Alguém sabe me dizer pra onde vai a vida que a gente imagina ao lado de uma pessoa e não acontece?
Todas as coisas legais que você se imagina vivendo, todos os cafés da manhã juntos, todas as viagens, o apartamento moderninho, os passeios com o cachorro e o filho com a cara do pai. Alguém sabe me dizer pra onde vai isso tudo? Pro universo paralelo, com certeza!
Voltando ao fim do meu pseudo relacionamento, eu achava que ele não ia acabar nunca. Pensava que eu seria uma daquelas velhinhas, que chega ao fim da vida sentada em uma cadeira de balanço, com olhar cansado, viúva, contando pra neta mais velha sobre o grande e único amor de sua vida que não deu certo por "n" motivos. Já estava até conformada com isso.
Até que bons ventos sopraram e eu percebi que o meu problema era a falta de despedida. O filho da mãe tinha ido embora literalmente sem me dar adeus. Tratei disso mandando um bilhete de duas linhas pro outro lado do oceano e que espero que ele guarde pra sempre. Pelo menos isso. Ou jogue fora. Não importa mais.
O melhor de tudo foi a sensação de liberdade que senti depois. Uma euforia egoísta, uma festa no meu coração. Era como se tivesse mudado de casa, mudado de emprego e de cabelo. Sentia um cheirinho de tinta nova no ar. Fizeram faxina aqui dentro, com certeza.
Mas agora me sinto estranha... Com medo do que pode vir. E a minha cabeça que não é boba nem nada, que adora ter quem associar quando ouve uma música bonita, parece que esta procurando um substituto a qualquer custo. E meu Deus, como eu estou lutando contra isso. Eu não quero ter que começar tudo de novo, não quero ter minha casa bagunçada novamente, nem minhas paredes pintadas e furadas com furadeira. Eu não quero que façam mais festas sem me convidar e não quero mais ter que me imaginar velhinha contando pra minha neta aquele blábláblá by velhinha do Titanic que eu descrevi acima. As vezes parece que eu não sei cuidar de mim, e não sei deixar ninguém fazer isso. Só me resta escrever aqui essas palavras desconexas que vomito no teclado ao som de Cat Power - Maybe Not.
P.S.: Que estranho, estava ouvindo essa música por acaso enquanto escrevia. Quando vi o título e fui ler a tradução - Touchê!! Tudo a ver!
"O acaso é amigo do meu coração, quando fala comigo" L.H

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