quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Se manda, gato.

Não sei se era minha obsessão ou se fazia parte de algum plano cruel da vida de testar alguém, mas o fato é que você estava em todos os lugares. No caminho do trabalho até em casa, consegui contar 12 pixações com o seu nome. "Ok, deve ser coinciência", pensei.
Na minha casa, eu vivia a esbarrar em coisas suas: Primeiro uma camiseta velha de banda na minha gaveta de lingeries, depois uma meia solta atrás da geladeira e por fim, aquele seu cheiro de canela no meu travesseiro.
Talvez mudar de ares seja uma boa idéia, então aproveito uma viagem de trabalho ao nordeste para tentar deixar por lá as suas lembranças fantasmagóricas. Eu só não contava que em uma barzinho a beira mar em Fortaleza fosse encontrar um cantor qualquer que executasse todo o cd do maroon5 enquanto eu degustava um camarão e bebia uma cerveja... Isso só me fez lembrar da pastinha no seu celular onde você guaradava todas as músicas que te faziam lembrar de mim e que você nomeou como: "Songs About Lu".
Sinceramente, não faço idéia do que você fez pra mim. Foram poucos meses felizes e muitos meses tristes para eu ter certeza de que dentro de você não existe mais nada meu. A questão é que agora me sinto como uma criança sendo perseguida pelos coleguinhas "espírito de porco" no colégio. Me sinto perseguida por um "você" que não existe mais. Então decidi escrever isso no meio de um dia comum, onde eu deveria estar pensando na morte da bezerra e não em você.
Decidi fazer um apelo (é minha última tentativa desesperada, então presta atenção porra!): EU DEIXO VC IR, GAROTO!
Mas por favor, leva TODAS as suas coisas com você. Me deixa aqui sozinha, pq comigo eu consigo lidar, agora com essa saudade chata e insistente é difícil de conviver. Até arrisco dizer que é mais fácil respirar dentro de um forno com gás ligado, mas isso soaria um pouco dramático de mais, então serei sucinta: Vai embora logo, já que você não vai voltar. Amém.