quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

. Chá de Coisas Ruins .

Desci do elevador e antes de colocar a chave na fechadura ouvi uma música gostosa. "Ele está fazendo o jantar" pensei. Hummm deixa eu explicar, toda vez que ele cozinha ele ouve jazz. É como se fosse um botão de enter pra preparar a comida. O filho da mãe cozinha bem! Entende de vinhos, de pastas, de café e frutas exóticas. Acho que ele faz isso pra me humilhar já que não sei fritar um ovo sem fazer com que o coitado pareça que viajou o mundo antes de ir parar no meu prato. Aliás, ele é bom em muitas coisas. Lembro de um dia em que tinha exagerado na vodca (nós tinhamos brigado), e acordei com uma ressaca forte. Apesar de NÃO ESTAR FALANDO COM VC E VC SABE O MOTIVO, ele ignorou a minha raiva, fez um chá de coisas ruins e me deu pra tomar. A minha vontade era de matar aquele ser. Como ele podia ser assim tão incrível? Eu queria odiar aquela pessoa só um pouquinho e não conseguia. Acabei ficando bem da ressaca da vodca e da ressaca da briga.
Jantar pronto, mesa posta.
Na primeira garfada ele me diz: "Ta" gostando, branquela?
Não respondi.
Só consegui pensar em como eu realmente estava gostando. Ou melhor, eu estava amando e não era pouco. E não, não estou falando da comida (Que por sinal estava maravilhosa). Eu me refiro a ele e ao pacote de benefícios que ganhei com aquele moço magrelo e de barba e que ainda por cima sabia cozinhar. Era muito bônus pra uma pessoa só.

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