quinta-feira, 18 de março de 2010

. Sem Título e Para Ninguém I .

. As ruas estão alagadas e as árvores, não mais estão lá.
O silêncio tomou conta do belo e a luz amarelada invadiu o ambiente tornando a imagem inteira num retrato sépia. Os retratos que você escolheu.
Era manhã... E você sempre trocou o dia pela noite. Tinha a mania de reclamar de insônia e temperaturas. Varava escuridões a escrever e rasgar, e quando o dia pulava a janela a dentro, e te encontrava tomando café descafeinado ( Naquela xícara rosa que era minha e vc teimava em usar), você abaixava o olhar, pousava o jornal sob a mesa e carregando apenas a (minha) xícara, vagarosamente dirigia-se ao quarto onde eu não estava mais, acendia um cigarro, tragava com força, jogava a bituca pela janela e se deitava. Ali ficava inerte meu moço, com televisões, felinas e almofadas.

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