quarta-feira, 5 de outubro de 2011

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O tempo do apartamento dele até o meu eu conseguia cronometrar: Eram exatos dois cigarros. Saia de lá, acendia o primeiro, tragava vigorosamente, dava uma pausa de 2 minutos, acendia o próximo e quando eu terminava já estava na portaria do meu prédio dando bom dia, boa tarde ou boa noite para o Seu João, o porteiro. Preciso fazer esse mesmo percurso contando quantas vezes consigo repetir aquela minha música preferida da banda The Black Keys. Bom, mas isso vai ficar pra outro dia.
Certamente, devo ter TOC. Sempre tive muitas manias, essas coisas de contar nos dedos das mãos as palavras ditas pela vilã da novela das nove, separar a comida em partes ou andar sem pisar em linhas que separam azulejos. Ai eu conheci ele... A simplicidade em pessoa com nome, sobrenome e barba. É daqueles que quando você está perto tem a sensação de que nada nunca vai dar errado. Ele é tão calmo, sereno e descomplicado que deveria ser mediador da paz em países conflitantes.

Lembro do dia em que tive que sair da cidade pra fazer um trabalho e ele me levou no aeroporto. Eu, pra variar, super atrasada e surtando com medo de perder o voo e atrasar todos os meus compromissos. Parados no trânsito, ele na maior calma do mundo me dizendo: "Fica calma branquela, eu prometo que vai dar tempo." E ah, vocês tinham que ver a certeza com que ele me disse isso e tinham que ver também, como funcionou e tudo realemente deu certo.

Sou uma louca, surtada, preocupada e impaciente com a vida.

Ele: Seguro, tranquilo e com uma convicção que penso nunca conseguir alcançar nem quando somo 1+1. Deve ser por isso que nossa música nunca pára de tocar. Somos o equilíbrio perfeito entre o caos e a calma.

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